Jornalistas debatem os 50 anos do Golpe Militar com estudantes e interessados em geral
A censura que fez sombra nas informações durante a ditadura militar volta a ser discutida. No ano em que o golpe é lembrado pelos seus 50 anos, palavras como repressão, tortura e morte entram na pauta de jornalistas que viveram a época. Discussões em torno do tema tornam-se indispensáveis para os aspirantes à profissão hoje, meia década após o ocorrido. Pensando nisto, a Aeso-Barros Melo e o curso de Jornalismo da instituição promovem o debate 50 anos de Golpe - Reflexões sobre opinião e jornalismo em tempos de censura - ontem e hoje. O evento será aberto ao público e ocorre no dia 04 de abril, às 9h30, no Cinetratro (1º andar do prédio principal da IES, em Jardim Brasil II, Olinda). Inscrições aqui.
Participam da mesa de debate o ex-reporter da Veja Samarone Lima e o repórter especial da Folha de Pernambuco Diogo Monteiro. Lembrando as feridas da ditadura e também a modernização e a ampliação do mercado de bens culturais, o evento pretende abordar o papel do jornalista em regimes autoritários bem como contextualizar a discussão diante da cultura contemporânea. Também faz parte da pauta discutir o papel da ditadura militar na disseminação da informação jornalística, linkando o debate a partir da redemocratização e do atual posicionamento crítico do jornalismo no contexto da comunicação de massa.
Samarone Lima
Ex-repórter da Veja, Samarone Lima é jornalista, cronista e autor de quatro livros publicados: “Zé” (1998), “Clamor” (2003), “Estuário” (2005) e “Viagem ao Crepúsculo” (2009). Em Clamor, Lima narra a militância política na década de 70. Em Zé, conta a trajetória humana do militante mineiro da Ação Popular (AP), José Carlos Novais da Mata machado.
Diogo Monteiro
Repórter especial da Folha de Pernambuco, jornal onde foi editor de Política e editor adjunto das editorias de Programa, Brasil e Planeta. Foi correspondente, em Brasília, da Agência Nordeste de Notícias. Também foi assessor técnico da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e consultor da Unesco sobre comunicação em reas de comunidades tradicionais.