Dois trabalhos do designer gráfico pernambucano, Léo Buggy, foram selecionados para a Terceira Bienal Latino-americana de Tipografia, um dos maiores do ramo. Buggy, também coordenador do curso de Design das Faculdades Integradas Barros Melo (AESO), participa do evento ao lado de 79 materiais escolhidos. Ele emplacou o projeto Armoribat, Iconografia do Movimento Armorial, na categoria Miscelânia do Tipos Latinos 2008. A exposição participará de um roteiro itinerante nas cidades dos países integrantes do Tipo Latinos e chega ao Recife em novembro deste ano. "Vamos ter o privilégio de expor a mostra de renome internacional na AESO", comemora. As fontes digitais do projeto Armoribat têm o lançamento previsto para o segundo semestre deste ano.
A Tipo Latinos 2008 realizou a primeira bienal em 2004 e é um espaço tipográfico internacional composto por dez países latino-americanos: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. O objetivo do evento é promover em cada nação, atividades como debates, palestras e visitas que colaborem com a exposição. Os trabalhos de Buggy, em parceria com Matheus Barbosa e Gustavo Gusmão, são a seqüência do projeto Manguebat, selecionado para a primeira edição da bienal. A continuidade da ação apresenta dois estilos: Armoribat 1 e Armoribat 2. O primeiro aborda a forma plástica que inspira o cordel e o segundo, traços de artistas do Movimento Armorial. De acordo com o designer, a fonte foi trabalhada a partir de um levantamento iconográfico focado no movimento lançado por Ariano Suassuna em 1970. "São criações baseadas em estéticas muito fortes com o objetivo de preservar e difundir o Armorial", explica.
O projeto, apoiado pelas Faculdades Integradas Barros Melo (AEOS), teve a divulgação do estilo Armoribat 1 por meio do curta-metragem "O Jumento Santo e a Cidade que se acabou antes de começar" (Léo D. e William Paiva, 2007). "A animação foi produzida para apresentar os traços da fonte. Inclusive, cada personagem é um ícone armorial, como por exemplo, o próprio jumento", diz Buggy.
Laboratório – Baseada na importância da tipografia, a AESO ampliou, neste mês de março, a gráfica existente na instituição. De acordo com Buggy, a faculdade adquiriu novos equipamentos a fim de contribuir na experiência prática dos estudantes, principalmente do curso de Design. "A antiga gráfica, a partir de agora, passa a ser laboratório de impressão e além de obtermos novas possibilidades, os estudantes vão utilizar novos recursos", afirma o coordenador. Uma das novidades é a compra da impressora tipográfica. "Ganhamos mais técnicas, como a xilografia por meio da prensa de gravura e facas de corte", garante Buggy. O Laboratório de Impressão está previsto para ser inaugurado no final do mês.
Da Assessoria de Imprensa Barros Melo
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