A última sexta-feira do mês de novembro é conhecida no mundo todo como “Black Friday”, aquela época do ano onde as lojas realizam promoções em seus produtos.

A origem do termo tem algumas teorias: desde a venda de ouro nos EUA no século 19 até uma associação racista para roubos e acidentes que ocorriam na Filadélfia, estado americano, na década de 1960.

No Brasil, o período também é conhecido popularmente como “black fraude”, em referência aos valores aplicados em alguns produtos que, para ter desconto nessa época do ano, aumentam de preço semanas antes para o consumidor pensar que o desconto aplicado é, de fato, real.

De acordo com o Serasa, alguns golpes se tornaram comuns nesse período, como:

1. Produtos custando a metade do dobro;

2. Preço diferente no produto que está reservado no “carrinho de compras”;

3. Valores de frete maiores do que os produtos anunciados;

4. Prazo de entrega mais longo que o normal;

Além dos citados acima, outros golpes como cupons de desconto falsos, sites falsos contendo promoções, mensagens via whatsapp solicitando dados pessoais para adquirir descontos, transferências via pix que não existem e e-mails falsos para confirmação de compras também integram a lista de golpes mais praticados nesse período.

DICAS DA PROFESSORA

Pensando nisso, convidamos a professora Andréia Nobrega, que ministra a disciplina de Direito Civil no curso de Direito da UNIAESO para dar dicas de como evitar esses golpes na internet nesse período, levando em consideração que além da Black Friday, o próximo período de compras é o Natal, no qual outros golpes parecidos podem surgir.

“Desconfiar quando o desconto é muito alto ou quando o valor do produto estiver baixo demais também é importante”.

Andréia falou um pouco sobre como o consumidor deve estar atento ao realizar compras na internet:

“De modo geral, nas compras pela internet, o consumidor se protege comprando em sites de lojas já conhecidas, especialmente quando já tenha efetuado compras anteriormente.”

Ela alerta para os sites de lojas que são desconhecidas pelo público e que nesse período surgem para roubar dados dos clientes:

“Não é momento de se aventurar em sites de lojas desconhecidas atraídos pelo valor do produto ou do percentual do desconto. O barato pode sair caro”.

“Os consumidores precisam ter cuidado com o fornecimento de dados pessoais ou de cartão de crédito no ato da compra, bem como deve desconfiar ao realizar pix para contas pessoais de suposto vendedor ou para conta bancária que não corresponda ao nome da loja e seu CNPJ".